domingo, 28 de fevereiro de 2010

BIG BROTHER BRASIL

Sempre que falo sobre o Big Brother é fato escutar alguma crítica (das más) por eu gostar desse tipo de programa. "Um programa sem conteúdo, com pessoas sem conteúdo etc". Eu gosto realmente! Não por causa das meninas de biquini, ou dos flagras, não por causa da liberdade, nada dessas coisas que todos pensam, eu apenas acho interessantíssimo o poder que a globo tem sobre as pessoas. Ao mesmo tempo eu fico muito decepcionado com o meu país tão querido.

Após a feliz oportunidade de sair do país na lua-de-mel e descobrir que as coisas podem sim funcionar, tipo saúde, educação, saneamento, emprego, limpeza entre outras coisas que são realidades distantes da nossa vida, voltei cheio de esperança e achando que podia ajudar a melhorar essa situação.

Conversando com um grande amigo e que escuta toda besteira que falo em um café, concordamos que por sermos privilegiados e tido acesso a saúde, educação e essas coisas que uma pequena parcela da população tem, somos nós que precisamos ajudar mais, reivindicando, ensinando, conscientizando. Já que temos as ferramentas, por que não construir?

O que o Big Brother tem a ver com isso? O Big Brother é uma vitrine espetacular para mostrar os valores da nossa sociedade. Eu já sou meio suspeito pra falar de valores porque uma sociedade que escolheu como líder uma pessoa ignorante, e que usa seus defeitos como vantagens, é bem duvidosa pra mim. Mas o BB é cheio de pessoas interessantes e até comuns do nosso dia-a-dia: os fortões que só tem músculos, os fortões que também tem cabeça, os feios, os bonitos, os ignorantes, os bobos, os machões, os gays, os cultos, os bobos, os espertos, os inocentes.

Aí vem os paredões e que são decididos por voto do público. É nesse ponto que desanima tudo e minha esperança fica abalada. Eu fico triste em saber que SIM, "toda brasileira é bunda!" e que é lamentável a pessoa que tem personalidade, e que apesar de um milhão e meio preza pela paz pra poder conviver em grupo é superado pela pessoa que só rebola e arruma confusão. Pior ainda é saber que quem tem a maior popularidade é um cara que não tem modos na mesa, machista assumido e com uma SUÁSTICA (isso, o símbolo do holocausto, tristemente eternizado pelo nazismo) no braço.

A sociedade é machista, a gramática é machista, a unanimidade é superficial. Vamo deixar a capa, olhar um pouco mais a fundo, e tentar mudar isso mudando primeiro a si. Eu fico feliz de ser parte da minoria, infelizmente com menos esperança, mas com sono bom e tranquilo com a sensação de fazer a minha parte.

Orgulho de ser brasileiro? Sei lá... depois penso nisso!!!!!

Um comentário:

Lúcia Sopas disse...

ARRASOU!!! FAÇO MINHAS AS SUAS PALAVRAS, MAS MELHOR QUE VER O BIG BROTHER, É REALMENTE CONHECER A MENTALIDADE DO PAÍS....